domingo, 7 de dezembro de 2014

Colaboração: o incentivo certo pode fazer a diferença em nossas vidas. ZinAdão 01 Cidade do Sono



Colaboração: o incentivo certo pode fazer a diferença em nossas vidas.

Dar um novo rumo à vida, fazer aquilo que sempre quis, dedicar alguns momentos do dia para o que lhe agrada, pode parecer algo distante demais da realidade, mas é tão simples quanto acordar a cada novo dia.

Em 2013, fui incentivado por Denilson Reis, um dos organizadores do evento, a conferir o Mutação, no dia 02 de novembro, na 59ª Feira do Livro de Porto Alegre. Depois de ter passado uma fase muito ruim na vida pessoal e ficar com depressão por um período extenso demais para qualquer pessoa, decidi ir ao evento e levei um bloco de desenho simples, que levava na mochila só de vez em quando, para registrar alguma ideia ou algum personagem interessante da vida real. Hoje levo o bloco de desenho sempre na mochila (rsrsrs).  Chegando lá procurei uma cadeira distante de todo mundo, porque havia acabado de sair da caverna (rsrsrs) e não me sinto bem no meio de multidões (rsrsrs), apesar de ter um número relativamente pequeno de pessoas quando cheguei.



Hiron Cardoso Goidanich - Goida
Puxei meu bloco de desenho e, enquanto ouvia as palestras de caras como Daniel HDR, Goida (Hiron Cardoso Goidanich - Enciclopédia dos Quadrinhos), Fraga (ilustrador do jornal ZH) Marko Ajdaric, Henry Jaepelt, Law Tissot (criador da Fanzinoteca em Rio Grande/RS, Fábio Neves, Maria Jaepelt, Gelson Weschenfelder, Márcio SNO, Patrícia Duarte, Fabio Barbosa (Reboco Caído), Matias Streb, Jader Corrêa, Marcel de Souza, Vagner Abreu, Romir Rodrigues, Marcos Freitas, Gervásio Santana, Jerônimo Fagundes, Aline Ebert (Relicário de Palavras), Sandro Andrade, entre outros, comecei a desenhar aquelas figuras e depois pedi a cada um que escrevesse algo como um autógrafo.

O daniel HDR até desenhou um Batman enquanto conversava com uma moça. Lembro que não consegui desenhar todos no momento, mas ao chegar em casa desenhei outros com referências em fotos, e depois de mostrar para o Denilson ele me enviou fotos para desenhar outras pessoas, o que eu fiz em alguns meses (rsrs). Com esses desenhos consegui me aproximar mais dessa gente boa, que me mostrou que eu não estou sozinho na minha maneira de pensar em relação ao desenho e a criação de histórias, uma visão mais artística do mundo. Enviei os desenhos digitalmente para os desenhados, que gostaram (ainda bem rsrs) e me incentivaram a desenhar ainda mais. 

Nos anos 80, enquanto esses caras vivam essa realidade e construiam toda essa rede real de amizades, trocando fanzines e fitas K7 de bandas de rock alternativo, eu estava trancado em casa tentando desenhar ou desmontando algum rádio de pilha, coisas que outras crianças da época não entendiam, pois preferiam arrancar o dedão do pé jogando futebol na rua de terra em Alvorada/RS.

A partir de 1995, quando comecei a tocar em bandas de punk rock sempre aparecia alguém com um fanzine, mas eu não entendia o significado daquela publicação impressa em xerox e que falava sobre protesto e rock. Depois, toquei em outras bandas: de Beatles, reggae e surf music, hardcore, nativismo gaúcho, pop rock, sem preconceito, mas não tive contato com o mundo do fanzine.

Desde o 8º Mutação, de 2013, eu passei a me dedicar quase que diariamente ao desenho, apesar de não conseguir tempo para desenhar todos os dias, como eu gostaria. Desde então, passei a trabalhar mais com ilustrações e caricaturas. 


No ano de 2014, nos dias 15 e 16 de novembro, durante o 9º Mutação na 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, pude rever aqueles caras e conhecer outras pessoas ligadas ao desenho e quadrinhos. Depois de cumprimentar os amigos, como no ano anterior, procurei uma cadeira para sentar e assistir as palestras, puxei meu bloco de desenho, mas o Denilson foi no palco e cochichou algo no ouvido do Gazy Andraus que era o mediador da palestra sobre fanzines. Eu estava me preparando para desenhar um cabeludo, barbudo, um sujeito peculiar que estava no palco e que depois eu viria a saber que é o Douglas Utescher (SP) – editor do Ugra Press, quando ouço o Gazy chamar meu nome!!! Eu olhei desconfiado e o cara disse: é tu mesmo ai, vem pra cá. Bah! Logo eu que acabei de sair da caverna, chamado pro meio da multidão! Bom eu fui lá, na maior cara-de-pau, e só pude agradecer àqueles caras que me incentivaram a continuar desenhando.

Me senti motivado a criar meu primeiro zine: ZinAdão – Cidade do Sono, o qual eu fiz questão de lançar ali no 9º Mutação. Entreguei em mãos os exemplares do zine aos caras, em especial ao Henry Jaepelt (SC), que com uma humildade ímpar contribuiu com um quadrinho de duas páginas chamado Sono, o que me deixou ainda mais empolgado em lançar este zine, e ao Denilson Reis (RS) que escreveu um texto sobre esta motivação e que permitiu que eu fizesse uma ilustração do seu personagem Peryc. O original desta ilustração eu entreguei a ele no evento, pois pertence mais a ele do que a mim mesmo. E depois enviei alguns exemplares para outros fanzineiros de outros estados como o Juvêncio Veloso (Lady Garça - SP)e Valdir Ramos (Fatherzine - SP) e Márcio SNO (SP) procure o documentário Fanzineiros do Século Passado, em três partes, criado pele Márcio.
A palavra que me conquistou nesse tempo todo é: Colaboração. Acho que isso é o que dá sentido a publicação independente. Trocar ideias e informações com outras pessoas que gostam e se interessam pelo mesmo tipo de arte, seja o desenho, a literatura, música, poesia, etc.


Essa colaboração me atingiu durante o evento Mutação de 2013 recebi o convite do Marcos Freitas – editor do Quadritos (RS) – para desenhar um quadrinho. Depois do evento o Denilson e o Alex Doeppre – editores do Quadrante Sul Comics (RS) – também me convidaram para desenhar um quadrinho. E ainda fiz algumas ilustrações para os fanzines do Denilson, como o Floydzine (Pink Floyd) onde fiz uma mini HQ só com desenhos sobre o disco The Wall; Mosaico (zine do evento Mutação), Multiverso (com temas como Walking Dead para o qual fiz uma caricatura do personagem principal estourando os miolos de um zumbi; Mangá onde desenhei o lobo solitário, e para Super-Heróis fiz com cosplay da Turma da Mônica vestida de X-Man e chamei de X-MÔNica), você pode entrar em contato com ele para adquirir estes zines no TchêZine.

Nessa 60ª Feira do Livro também participei de dois concursos, nos quais passei com com duas poesias, o que me deixou muito feliz: Poemas no Ônibus e no Trem, que além do livro estará nos veículos rodando a cidade; e o livro Histórias de Trabalho, onde participo com um tautograma (veja o que é aqui).

Hoje sigo desenhando e fazendo parcerias com outros roteiristas, além de estar pensando no ZinAdão número 2 e criando outras HQs e poesias para concursos.

 Adão de Lima Jr
07/12/2014
ZinAdão
Tamanho A5, 12 páginas, PB.
  
Para adquirir o ZinAdão - Cidade do Sono
envie um e-mail para adaodelimajr@gmail.com
 


quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Ser Livre

"Ser livre é desprender-se de tudo que te mata e prender-se a tudo que te faz sentir vivo."
Adão de Lima Jr   12/11/2014

Coisas que não acontecem com solteiros

Esses dias eu estava pensando em coisas que nunca mais aconteceram depois que comecei a morar sozinho:

- As meias nunca mais perderam seus pares.
- O cano da pia nunca mais se soltou, nem alagou a cozinha.
- A máquina de lavar nunca estragou.
- O chuveiro esquenta.
- A geladeira nunca mais abriu sozinha.
- Minhas coisas não somem mais. Chego em casa e elas estão exatamente onde as deixei.


E mais algumas coisas que não lembro no momento...


Conclusão: Morar sozinho faz diminuir a memória!


Adão de Lima Jr 12/11/2014

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Escolheria o Tempo

"Se eu pudesse conquistar qualquer coisa,
escolheria o Tempo."
 Adão de Lima Jr  12/11/2014 

domingo, 2 de novembro de 2014

A Inveja e o Talento

A Inveja e o Talento

Em um vale muito baixo, perdido entre as montanhas, vivam muitas pessoas invejosas e pessimistas, mas também haviam raras pessoas talentosas. Por ter um número muito grande de invejosos, todos aceitavam que a inveja era uma coisa normal e ninguém falava sobre o assunto. Além disso, nunca saíam do vale, pois tinham ali tudo o que precisavam para sobreviver. Um dia, cansado de tanta perseguição porque fazia telescópios e ninguém precisava deles na vila, uma criatura talentosa resolveu subir a montanha mais alta. Muitos gritaram: Não tem nada lá em cima! Vai passar frio e fome!  Ninguém vai te ver! Não ganhará nada com isso! Mas nada daquilo fez efeito. Colocou a mochila nas costas com suas ferramentas e projetos e continuou subindo sem olhar para trás. Quando tinha um tempo externava seu talento. Ao chegar no topo, olhou para baixo e viu uma minúscula vila, escura e sombria, no imenso vale. Ali estava toda aquela gente, seus problemas, suas intrigas, e quase não se notava talento algum. Seu telescópio agora lhe possibilitava observar as pessoas na pequena vila. Escolheu olhar para os talentosos e trazê-los para conhecer o mundo incrível e cheio vida multicolorida que descobriu além das montanhas.

Adão de Lima Jr
02/11/2014

sábado, 20 de setembro de 2014

O lápis é um caso sério!

O lápis é um caso sério!

Lápis que pinta com a ponta aparada,
nem apontado, nem desapontado me desaponta
ao ponto de eu ter qualquer ponto a apontar-lhe.
 
Adão de Lima Jr 19/09/2014

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Últimas pesquisas

Nas últimas pesquisas:
- minhas contas estão em alta, com 90%
- meu tempo está em baixa, com 8%
- meu sono é mais um cochilo, com 1,3%
- vida (não alcança 1%)

Adão de Lima Jr 19/09/2014

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Pombas urbanas

"Num mundo cheio de pombas urbanas o bom milho só se fode!"
Adão de Lima Jr 15/09/2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Gostar de alguém é um ato respeitável

"Gostar de alguém é um ato respeitável.
Se isso vai te fazer feliz, demonstre.
No fim o que importa é o que você sente.
A escolha é sua de deixar esse sentimento te fazer feliz ou deixar de ser feliz por medo de gostar demais."

Adão de Lima Jr 04/09/2014