quinta-feira, 21 de maio de 2015

Criativo Compulsivo

"Para quem tem alma de artista é difícil ser um realista-materialista. O mundo dos sonhos e da imaginação é o que mantém a minha sanidade. Minha terapia pessoal. Criar sempre. Criativo compulsivo..."
Adão de Lima Jr
21/05/2015

Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo: Mais Uma Vítima do Capitalismo

      Vergonha e tristeza
 
      Viver num mundo capitalista não impede que se faça arte, seja ela qual for. Os artistas (considero artista todo aquele que cria) não devem deixar que um projeto como esse de literatura seja extinto pela falta de verba. Quem realmente quer participar de um evento desses, seja escritor, patrono ou palestrante, por amor ao que faz e por acreditar que a literatura acrescenta muito à educação, com certeza o farão sem receber nada em troca, a não ser o valor dos seus livros. É uma pena que a maioria se venda ao capitalismo e passe por cima dos valores que realmente importam.

 "A prefeitura e a Universidade de Passo Fundo seguem trabalhando para buscar recursos que faltam para viabilizar mais essa edição. A intenção é buscar em Brasília, junto ao governo federal, cerca de R$ 1,5 milhão de um total de R$ 3,5 milhões."  Fonte: g1.globo.com
 
Adão de Lima Jr
21/05/2015

domingo, 3 de maio de 2015

Almas Artísticas



É gratificante viver em uma época onde podemos expressar nossos sentimentos. E que sentimento é maior do que a satisfação de se descobrir um artista e poder expressar as próprias ideias para o mundo, sem se importar com o julgamento alheio, tendo a certeza de que aquele que critica não faz mais do que retirar sua máscara de ignorância e incompreensão diante do mundo das artes.

Há muito tempo descobri que tenho uma alma de artista, sempre procurando ter uma visão mais ampla sobre tudo, desde o humano animal, ao humano espiritual. A observação foi uma das maiores virtudes que eu adquiri, junto com a paciência, e isso foi o que domou o menino raivoso que se irritava com as brincadeiras de mau gosto, as provocações que só servem para ferir e que nada contribuem com o desenvolvimento de uma criança, a incompreensão de muitos que, por não perceberem a diferença entre as almas, não conseguem notar suas qualidades criativas e, portanto, não os incentivam a continuarem imaginando mundos, criando e desenvolvendo ideias, invenções, artes. Com o tempo fui jogando toda aquela energia para as artes, artesanato, desenho, música, contos, poesia.

Já que eu possuo a capacidade quase compulsória de criar, posso imaginar que existem neste universo imenso, mundos onde almas diversas são forjadas. Por ter a qualidade de observar tudo ao meu redor, para mim é fácil reconhecer e diferenciar as almas materialistas, almas políticas, almas nulas, almas artísticas.

Ao entrar para o mundo dos fanzines/quadrinhos, em 2013, quando fui assistir as palestras de Márcio SNO (SP), Henry e Fafá Jaepelt (SC), Daniel HDR (RS), Goida (RS), entre tantos outros artistas, no evento 8º Mutação organizado por Denilson Reis (RS), na Feira do Livro de Porto Alegre/RS, que facilidade de reconhecer as almas artísticas, onde eu me via, e ainda vejo, em cada artista que expõe corajosamente a sua verdade em textos, desenhos e pensamentos cheios de sentimentos.

Uma dessas almas artísticas eu reconheci, instantaneamente, ao ler “Sibilante”, de Danielle Barros (BA), escritora, desenhista, mestre e doutoranda de biociências, onde fica evidente que em cada frase sua é depositada uma tonelada de sentimentos delicados, que as mulheres alcançam com mais facilidade e maestria. Seus desenhos, produzidos com traço seguro, demonstram uma leveza unida à força do seu texto que nos conduz em uma viagem ao cosmo e nos faz refletir sobre valores humano-espirituias.



Outras almas artísticas podem ser lidas na série de livros “Maldito Seja”, da editora Ugra Press, de Douglas Utescher, onde são registradas as histórias dos fanzineiros do século passado: Henry Jaepelt, Law Tissot (RS) e Alberto Monteiro (RJ), com suas trajetórias pelo mundo dos fanzines, desde os anos 1980.





 Agradeço a quem criou este universo, seja lá o nome que tenha, e que alguns acreditam que nos fez à sua imagem e semelhança. Obrigado por ter nos dado a capacidade de criar e imaginar os nossos universos.

Inspirado na expressão Namastê, que é uma saudação em sânscrito que significa “O Deus que habita dentro de mim saúda o Deus que está em você”, eu os saúdo:

“O criador que habita em mim saúda o criador que habita em você.”

Adão de Lima Jr
03/05/2015