quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Uma visão psicológica sobre o BBB (Big Brother Brasil)


O BBB é um laboratório. É a oportunidade de assistirmos aos "nossos" defeitos e qualidades, expostos em outros corpos. Talves por isso o repudiamos tanto.
Todos queremos:
- as festas, beber até cair e dizer: '- Dane-se o mundo';
- passar o dia sem fazer à beira da piscina;
- ser os líderes no trabalho, na família, ou no grupo de 'amigos' quando somos apenas mais um;
- ser os bonitos, quando devíamos agradecer por sermos como somos: "únicos"!;
- etc.

É um engano dizer: '- Eu não assisto isso porque não acrescenta nada de útil a minha vida'. Porque a nossa vida é cheia de ocasiões parecidas, senão iguais, em relação ao comportamento e relacionamento entre os participantes (das nossas vidas), no trabalho, família, grupo de amigos, etc.

O BBB é repudiado por ser um reflexo dos humanos que nos tornamos: egoístas, mimados, acomodados, ..., apesar das qualidades humanas que o programa mostra em certos momentos... poucos momentos... raros momentos, porque é muito fácil ser gentil, solidário, 'amigo', carinhoso, quando se espera algo em troca, seja um pouco de comida (alimento), a aceitação no grupo (amizade), um colar de anjo (proteção), ou um prêmio milhonário em dinheiro (estabilidade para o próprio futuro).

Acho que serve pra alguma coisa esse laboratório:
- Serve para enchergarmos nos outros o nosso próprio reality show.
- Serve para estarmos mais atentos ao "nosso" reality show, no dia-a-dia, que é quando devemos julgar e berrar a nós mesmos sobre o que estamos fazendo de errado.

Adão deLima Junior 19/01/2012

PS:
Para quem não sabe, o termo "Big Brother" foi criado por George Owell, no livro "1984", escrito em 1948, prevendo o que hoje vivemos, sobre as câmeras no dia-a-dia, com nossas informações rolando internet a fora!
Link que fala tudo sobre o livro "Nineteen_Eighty-Four" ou "1984" no Brasil: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nineteen_Eighty-Four
Também foram produzidos filmes e quadrinhos sobre esta história.

Adão deLima Junior 13/10/2012

domingo, 11 de dezembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pai


Minha cabeça não para
E quando resolve parar
É essa angústia do não saber
Se vai ou fica, se torna a viver
Voz da consciência em grito surdo
No mais íntimo pensamento meu
Clama por um sinal de vida
Deixa pulsar teu pulso
Que na violência e invasão das agulhas e tubos
Prefere entregar-se as algemas da morte
Teu corpo, apesar de tanta sorte
Vencido pela mente desprovida de força
Dança no ritimo convulsado do câncer
E as palavras te levam ao orbe celestial
Um fio de luz ainda resta em ti
Prende-te a ele como a raiz faz ao penhasco
Não importa o tamanho do abismo abaixo
Agarra-te e sobe
Pois os teus te querem aqui
Nossas mãos estão firmes
Esperando a firmeza nas tuas mãos
Há uma chance
Mas é uma chance tua
Nossa luta
Tua vontade
Vença
deLima Junior 02/11/2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Os filhos se tornam pais de seus pais

"Os anos passam... e os filhos se tornam pais de seus pais... e todas as coisas do mundo não valem nada... e um carinho é a única coisa que o 'filho-pai' pode dar... e essa atenção cheia de afeto é a única coisa que o 'pai-filho' quer receber. "

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tudo era tão simples e original

Tudo era tão simples e original, daí surgiu a Questão ( ? ) e tudo tornou-se complicado e universalizado. Somos seres únicos tentando ser iguais. Somos uma massa de matéria humana que cresce sem freio, aglomerarando-se num imenso boloro sobre o planeta, o qual aguenta com tranquilidade, até o momento de nos expelir num único e violento espirro.

deLima Junior 24/10/2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O amor


"O amor é sentimento profundo

que faz tremer o corpo e vibrar a alma.
A ironia é que pode
transformar-se
em ódio,
raiva,
desilusão
e acabar-se."

deLima Junior 26/09/2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Somos escravos do condicionamento social.

O ser humano se esconde atrás de ideologias.

Queria poder livrar-me de qualquer ideologia.
Não. Isso não é hipocrisia, nem anarquismo.
Falo do instinto.

Mas eu não vou me livrar de ideologias. Por que?
Porque eu não matarei animais com unhas e dentes pra me alimentar.
Não vou parar de usar roupas pra me aquecer.
Não dormirei ao relento para não passar frio.

Somos escravos do condicionamento social.

Acordarei às 05:45, colocarei a roupa, tomarei uma caneca de café com pressa, sairei às 06:05, com temperatura de 5 graus. Irei para fila do ônibus. Viajarei 45 minutos com outros indivíduos respirando o mesmo ar... cheio de ideologias.

Colocarei a minha engrenagem para funcionar junto à máquina da sociedade, pois, se eu desistir, sei que outras engrenagens esperam anciosas para que a minha engrenagem quebre e seja substituida.

Voltarei para casa às 19:15, no aperto do ônibus, ouvindo as conversas ideologicamente condicionadas das engrenagens falantes, misturadas aos sons das máquinas no lado de fora. Comerei a comida em um prato farto para reestabelecer a energia perdida no dia. Sentarei para assistir algo que não me faça lembrar das ideologias, mesmo sabendo que elas estarão lá... em tudo. Deitarei na cama e tentarei dormir, pensando em não desistir no próximo dia.

deLima Junior 07/09/2011